Dançar a vida não seria, antes de tudo, tomar consciência...

UnB 2010

Arte afro-brasileira

Dançar a vida não seria, antes de tudo, tomar consciência de que não apenas a vida, mas também o universo é uma dança, e sentir-se penetrado e fecundado por esse fluxo do movimento, do ritmo, do todo? Em cada um de nossos gestos, toda a palpitação do mundo, todas as suas interações estão presentes, refletem- se e repetem-se, concentram-se como em um espelho convergente. Nesse diálogo de movimento entre o nosso ser ínfimo e o todo, é a invisível e incessante vida do todo que respira com nosso alento e pulsa com nosso sangue. Viver é, antes de tudo, participar desse fluxo e dessa pulsação orgânica do mundo que está em nós, desse movimento, desse ritmo, dessa totalidade, porque, mesmo durante nosso sono, vela, em nosso peito, a lei da dupla batida, a da nossa respiração e a do nosso coração. Mas, há um século, a física nos ensina que esta energia se degrada inexoravelmente, que esta vida do universo caminha irreversivelmente para a morte: terá, doravante, o destino definido cientificamente à face da entropia?

imagem da mascara

Roger Garaudy. Dançar a vida. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980, p.26 (com adaptações).

A partir do texto e da figura acima, julgue o item.

Assumindo-se que a dança expressionista prioriza a expressão de sentimentos, é correto afirmar que, ao adotarem essa estética, os bailarinos devem, em suas manifestações cênicas, desconsiderar a interação espacial com o ambiente.

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